A EEFD vive uma
situação de anormalidade: desde o final do ano passado o Diretor abriu um
processo de PERSEGUIÇÃO POLITICA ao movimento estudantil em nossa escola. Parte disso foi colocar a Policia Militar
para retirar das dependências da escola um estudante regularmente matriculado
(Rian Rodrigues), fechar arbitrariamente uma pós-graduação e destituir seu
coordenador. Inadmissível que algo desse tipo aconteça no interior de uma
das maiores Universidades do país. Resolver divergências políticas na condução
da gestão da unidade com a força do aparato policial militar é um atentado à
democracia da Universidade.
A situação com o curso de
pós-graduação envolveu, também, um episódio de assedio moral ao seu coordenador. O diretor intimou o professor a
afirmar que Rian Rodrigues não era estudante e, ao receber resposta negativa, o
destituiu do cargo de coordenador e decretou sumariamente o fim da pós, algo
que não é de sua competência. Por intervenção da Reitoria a pós mantém seu
funcionamento a revelia do querer do Diretor, que impediu a entrada de
professores e alunos no prédio e proibiu seu acesso às salas de aula.
O Diretor Leandro Nogueira
continua o processo de perseguição política abertamente. Na volta do recesso
convocou uma Congregação extraordinária com pauta única: “Aplicação de sanção
disciplinar aos estudantes”. Não compactuamos com essa postura e, portanto, não
legitimamos aquele espaço, que não ocorreu devido a falta de quorum. Mesmo
assim o Diretor prosseguiu na tentativa de criminalizar o movimento e chamou os
estudantes para uma reunião com a direção com o intuito de puni-los, da qual
também não participamos.
Frente a isso, o CAEFD deu
entrada com processo junto às instâncias superiores da Universidade para que
possam tomar as medidas necessárias diante dessa situação inconcebível numa
universidade pública. Importante destacar a postura de diálogo e disposição
para discussão do tema por parte da Decania do CCS. Compreendendo a situação
como um problema grave, a Decania chegou, inclusive, a disponibilizar as
dependências do Centro para que o curso de pós se realize. Por outro lado, a
Reitoria de nossa Universidade ainda não se posicionou diante de tais
acontecimentos, e nem sequer chamou-nos para reunião que solicitamos.
Acreditamos que a intervenção imediata da Reitoria nessa situação é
indispensável, e, portanto, continuamos solicitando a reunião.
Porém, mesmo dando entrada
com processo junto às instâncias superiores, o movimento estudantil não pode
esperar calado! Não podemos aceitar como normal a postura autoritário de um
Diretor que chama a PM para resolver qualquer tipo de impasse político
instituição. Entendemos que, diante desse cenário, não há qualquer
possibilidade da continuidade do Professor Leandro Nogueira a frente da Direção
da EEFD, portanto, exigimos a exoneração
do cargo de Diretor!
Precisamos dar uma resposta
a todo esse autoritarismo. Nesse sentido, o CAEFD convoca todos os estudantes,
professores e funcionários da UFRJ, assim como militantes de movimentos sociais
e todos aqueles que defendem uma universidade pública e democrática, para o ato
publico contra o autoritarismo do Diretor Leandro na próxima terça-feira
(22/01/13), na própria EEFD. Mostraremos que os estudantes não aceitam esse
autoritarismo! Reivindicamos:
- a
exoneração do diretor Leandro Nogueira do cargo de diretor da EEFD!
- Repudiamos
a entrada da Polícia Militar na unidade para retirar um estudante!
- Nenhuma
punição aos estudantes!
- Reivindicamos
a validade da pós-graduação em Pedagogia Crítica da Educação Física e a
legitimidade de seu professor coordenador!
- Reivindicamos
o livre trânsito, na universidade pública, de alunos, ex-alunos,
integrantes da comunidade universitária e cidadãos em geral!
- Reafirmamos
a legitimidade do Centro Acadêmico de Educação Física e Desportos (CAEFD-UFRJ),
sua participação nas instâncias decisórias da unidade, e defendemos o
livre exercício político pelo movimento estudantil da universidade sem quaisquer
sanções disciplinares!