28/03/2008

Campanha por Armários e Bebedouros na EEFD - UFRJ

No final de 2007, atrelado a luta contra o REUNI, iniciamos uma campanha por armários e bebedouros na UFRJ.
Todos nós vivenciamos no dia a dia o sufoco de sair da aula e voltar muito tempo depois por está procurando um bebedouro, ou de carregar a mochila pesada cheia de roupas, acessórios pra banho....
Sabemos também que essa luta não é apenas dentro da EEFD! Temos que lutar por mais verbas públicas, para a educação pública, para que obtenhamos melhor qualidade nas nossas estruturas, tanto física quanto pedagógica!
Ainda no final de 2007 os estudantes fizeram uma duas reuniões com o Diretor Waldyr que prometeu em duas semanas pelo menos um bebedouro, e ver o orçamento dos armários!
As duas semanas passaram, as férias vieram e NADA foi feito!
Na primeira semana letiva de 2008, os diretores do Centro Acadêmico, Vivi e Monstro, procuraram o diretor Waldyr para uma conversa, e ele nos relatou que não há verba para bebedouro,mas está esperando a entrada dos "recursos próprios", para comprá - los e quanto aos armários o diretor afirmou não ter condições financeiras portanto nossas reivindicações não serão atendidas!
Sendo quetionado quanto a isso o Diretor afirmou que não enviou nenhum pedido de verbas extras para a compra de armários e bebedouros a Reitoria!
Diante disso, os estudantes, ficamos indigninados, e na reunião ordinária do C.A. do dia 24/03, foi decidido pelo conjunto dos estudantes presentes, um ato na Congregação no dia 07/04/08 ao meio dia, tendo uma plenária logo após o ato para tirarmos a pauta de reivindicaçõesdos estudantes da EEFD!
Vamos nos mobilizar para o ato, para que possamos fazer fazer a denúncia da precariedade do ensino e da infra estutrutura na EEFD assim como ocorre em muitas Universidades Públicas do país!
Chega de escutar do diretor na Congregação que "os estudantes utilizam banheiros em péssimas condições e não reclamam!"
VAMOS RECLAMAR, DENUNCIAR E REIVINDICAR NO DIA 07/03/08 AO MEIO DIA!

C.A.E.F.D.

08/03/2008

Dia 8 de Março – Dia Internacional de Luta da mulher

O dia internacional de luta da mulher foi abreviado para Dia Internacional da Mulher e seu verdadeiro significado foi escondido ao longo do tempo pela sociedade, que até hoje reflete seu caráter majoritariamente machista!

Por que 8 de março é o Dia Internacional de Luta da Mulher?

No dia 8 de Março de 1857, operárias de uma fábrica de Nova Iorque, revoltadas com as péssimas condições de trabalho nas fábricas, que exigiam 16 horas de trabalho diárias e pagavam salários um terço inferior aos dos homens, ocuparam uma fábrica reivindicando dez horas diárias de trabalho e salários iguais aos dos homens.
Aproximadamente 130 mulheres foram trancadas dentro da fábrica e mortas brutalmente por um incêndio criminoso!
Em 1910, em uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que dia 8 de Março se tornaria o Dia Internacional de Luta da Mulher em homenagem às mulheres que morreram lutando na fábrica de Nova Iorque.

Por que a história não é contada?

Vivemos em uma sociedade capitalista, burguesa, regida pela luta de classes.
Por conta dessas condições, não é interessante para a ordem vigente que seja contada a história de pessoas que morreram por uma sociedade igualitária, muito menos que se estimule um debate em torno de sociedade e condições de trabalho.
Portanto, 8 de março tornou–se o Dia Internacional da Mulher. Esse dia é explorado pela sociedade capitalista através de promoções em lojas de artigos femininos, empresas que distribuem rosas nas ruas e restaurantes que lucram com comemorações desse dia, sem que haja o mínimo de reflexão sobre a própria data!

Então vamos refletir...

Não podemos pensar em luta da mulher sem pensar no feminismo!
Não podemos pensar no feminismo sem pensar na luta de classes!
Não podemos pensar na luta de classes sem pensar na superação da sociedade capitalista!
Opa! Está ficando confuso esse texto, mas como eu já havia dito, vamos refletir!
O feminismo não se trata de queimar sutiã em praça pública ou de mal tratar todo e qualquer homem, e sim a luta da mulher pela superação da sociedade capitalista, pois apenas em uma sociedade sem a existência de classes poderá haver uma consciência avançada a tal ponto que equiparará a mulher ao homem.
A sociedade que vivemos é uma sociedade machista, onde por muitas vezes a mulher proletária, precisa ter dupla ou tripla jornada de trabalho, ou seja, ela precisa trabalhar um ou dois turnos, pois há necessidade de dividir com o companheiro o sustento da família, e, ao chegar em casa, precisa cumprir as tarefas domésticas: arrumar, limpar, lavar a roupa e fazer comida.
Como se isso não bastasse, a mulher, por muitas vezes, ao ocupar o mesmo cargo que um homem, em determinadas empresas, ganha um salário inferior.
Fora toda uma conduta moral da sociedade burguesa, onde se estabelece que a mulher deve cuidar dos filhos, da casa e do marido. E a mulher que é solteira e tem uma vida sexual emancipada, assim como em alguns lugares a mulher divorciada é logo vista com preconceitos pela sociedade.
Toda essa moral é fruto/produto da história.
Antes da revolução industrial, a mulher era totalmente submissa ao marido, ficava em casa cuidando dos filhos enquanto o marido trabalhava fora e sustentava a casa.
Antes do casamento, a mulher devia obediência ao pai, e, após o casamento, devia obediência ao marido.
Com a Revolução Industrial e o cercamento dos campos, milhares de camponeses passaram a morar nas cidades.
A burguesia não poderia se aproveitar disso de forma diferenciada, precisava de milhares de operários em suas fábricas.
Como os salários eram ínfimos, muitas famílias se viram obrigadas a trabalharem como um todo nas fábricas, ou seja, as mulheres, e nas famílias com maiores necessidades, as crianças também passaram a trabalhar nas fábricas.
Porém, a lógica burguesa, provinda da lógica do homem das cavernas, de que o homem tem mais força e agilidade, pagava maiores salários aos homens, chegando o salário das mulheres a ser um terço inferior. Não podemos deixar aqui de lembrar que o salário dos homens já era insuficiente, por uma jornada de trabalho absurdamente alta de dezesseis horas diárias.
Com isso, as mulheres começaram a refletir sobre certas morais burguesas que lhes eram impostas e a criticar o modelo de sociedade existente, começando a luta da mulher por igualdade de salários e por melhores condições de trabalho.
Luta essa que se desenvolveu com estudos da luta de classes, superação do capital, resumindo: do Marxismo, ganhando mais adeptas e adeptos, pois existem muitos homens, que por entenderem a luta de classes, lutam em prol da mulher, e se desenvolvendo até os dias de hoje.

Um chamado a luta contra a opressão da mulher!