10/04/2013



Mais autoritarismo na EEFD: diretor quer impedir representação estudantil autônoma nos colegiados

Mais uma vez o CAEFD vem denunciar os abusos de poder, as posturas autoritárias e a manutenção da perseguição política dentro da EEFD por parte do ainda Diretor da Escola, Leandro Nogueira. Agora numa tentativa de conclusão deste processo. Para nós estudantes, fica claro que o movimento do Diretor é no sentido de deslegitimar a organização autônoma e independente dos estudantes, como parte da perseguição, inclusive por já ter declarado em e-mail ao corpo social do CCS sua intenção de interdição da representação estudantil na congregação da EEFD.

O Diretor Leandro Nogueira, respaldado pelo também autoritário regimento da EEFD, que é de 1972 (Ditadura Militar), enviou um e-mail para os Departamentos da Escola comunicando como se dará a representação estudantil nos fóruns colegiados da EEFD a partir de agora. As eleições para os órgãos colegiados não serão mais feitas autonomamente pelos estudantes, através de sua legítima entidade representativa e sim pela própria Direção e os Departamentos da Escola, fiscalizada por ele próprio. No texto diz que não poderão ser votados alunos repetentes nem alunos com sanções disciplinares. Ora, não seria um pouco suspeito isso, num cenário em que o Diretor vem sucessiva e arbitrariamente punindo estudantes que se colocam contra a sua postura autoritária através de sanções disciplinares?

Após anos de lutas e avanços democráticos na UFRJ, após muitas mortes na dolorosa época da Ditadura Militar, movimentos, ocupações e a conquista da autonomia do Movimento Estudantil frente à tutela das Direções, o Diretor mais uma vez retrocede, se espelhando no pior episódio da história do nosso país, impedindo a organização autônoma dos estudantes e impondo uma prática autoritária estranha ao funcionamento de qualquer órgão colegiado desta Universidade Federal, seja no CONSUNI - onde os representantes estudantis são eleitos autonomamente através da entidade representativa geral, o DCE, seja em qualquer outra congregação de unidade desta Universidade, que respeitam a autonomia de organização dos estudantes e têm seus representantes discentes eleitos em processos organizados pelos próprios estudantes e suas entidades.

Nos parece estratégico nos alijar destes espaços, onde historicamente conquistamos diversas vitórias para o conjunto dos estudantes e para a própria Escola, academicamente falando, no sentido da Unificação dos cursos de Educação Física, acabando com essa divisão em Licenciatura e Bacharelado, que no nosso caso não se justifica epistemologicamente nem legalmente; no sentido estrutural como nas lutas pela reforma do teto, pela volta da piscina e do LIG ou seja no sentido de garantir o caráter público da Universidade, gratuita e de qualidade, inclusive barrando cursos pagos, e bem pagos, como um de Marketing Esportivo do Vice Diretor Francisco, que pretendia formar profissionais para trabalhar nos megaeventos esportivos que serão realizados no Brasil. Importantíssima vitória dos estudantes!

O CAEFD não se calará frente a mais esse ataque, e esperamos contar com todos aqueles que não querem ver a UFRJ andar para trás, retroceder no que tange o projeto democrático da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Que os estudantes da EEFD possam autonomamente, assim como todo o conjunto de estudantes da UFRJ, organizar suas próprias eleições para os fóruns colegiados de unidade através de sua legítima entidade representativa.

FORA LEANDRO NOGUEIRA!

03/02/2013


                           Carta pública do CAEFD sobre a violência na Ilha do Fundão

Nesta última sexta, dia 1 de fevereiro, cerca de 30 alunos da EEFD foram assaltados no ponto de ônibus em frente à unidade, local que há tempos é mal iluminado e carente de vigilância. O fato de ontem foi mais um que entra na conta da Reitoria e do Governo Federal, já que o número de vigilantes federais é 10 vezes menor que o necessário. Essa situação de insegurança é comum a todos os Centros da universidade. São constantes os sequestros-relâmpago, assaltos e tentativas de estupro a estudantes, funcionários e professores. Isso se agrava na Escola de Educação Física, que tem uma área externa muito grande, totalmente às escuras e que, no momento, passa por reformas na entrada principal, obrigando o corpo social a entrar e sair pela portaria mais afastada e insegura da unidade. Lamentamos profundamente o fato desta sexta-feira dia 01/02/2013, principalmente ao lembrar que segurança é pauta dos estudantes e faz parte das nossas lutas há bastante tempo. Na ocupação da direção da EEFD em maio de 2011, uma de nossas pautas era justamente essa questão, e a Reitoria e Direção se comprometeram a iluminar toda a área externa da EEFD. Além disso, pressionamos pela abertura imediata de concurso público para a DISEG.
É inadmissível que essa situação de descaso com a segurança na UFRJ permaneça. O episódio recente se soma a muitos outros, preocupantemente recorrentes. É hora de iniciarmos uma grande campanha na UFRJ, que unifique toda a comunidade acadêmica, e exigirmos medidas urgentes. Defendemos e lutamos por segurança na UFRJ orientados por um projeto de universidade pública, autônoma e de qualidade. Por isso, lutamos por uma política de segurança que se faça com servidores públicos concursados para essa função, bem treinados e integrados à vida da universidade, e também por iluminação nos campi, garantia de transporte e atividades que propiciem a ocupação dos espaços da universidade durante a noite. Para conquistarmos uma política de segurança séria e comprometida na UFRJ, precisamos de um movimento estudantil forte e livre para atuar. Justamente neste momento, temos que lembrar que vivemos um período de lutas e resistência à repressão aos estudantes e ao autoritarismo na EEFD, em um movimento crescente que hoje toma conta da UFRJ e a cada dia ganha mais apoios de diferentes setores da universidade. Nossa Escola e nossa luta estão em evidência na UFRJ, e todo esse processo está nas mãos da Reitoria. O Diretor Leandro Nogueira vem se empenhando em perseguir politicamente o Movimento Estudantil na UFRJ, o que coloca em risco a nossa organização para conquista das melhorias em segurança, infraestrutura, melhorias pedagógicas e muitas outras.
Há cerca de um mês, vimos a Polícia Militar sendo utilizada, na nossa Escola, a mando do Diretor Leandro Nogueira, para perseguir os estudantes, criminalizar e tentar intimidar aqueles que lutam. Depois desse episódio, sofremos novas ameaças da administração, que afirmou que a PM seria chamada novamente “para descer o sarrafo” nos estudantes caso não aceitássemos os ataques à nossa liberdade de expressão. Por isso, nossa luta por segurança é a partir das revindicações acima expostas, e não passa pela “falsa solução” da Polícia Militar que, na verdade, apenas enfraquece o movimento estudantil para lutar por segurança e todas as nossas outras revindicações.
Há exemplos além da EEFD: na USP, em 2011, firmou-se um convênio para a presença permanente da Polícia Militar no campus após um assalto que terminou com um assassinato. Pouco depois de firmado o convênio, a Polícia Militar começou a ser utilizada para reprimir as manifestações de estudantes, funcionários e professores. Chegou a reprimir com tropa de choque uma ocupação de Reitoria, protesto importante dos estudantes, e de lá retirar estudantes e funcionários algemados e levá-los para a prisão. A mesma PM também invadiu e prendeu estudantes que protestavam por alojamento. Parte importante dos ataques à universidade pública, que precarizam o seu funcionamento, é a decisão de não-abertura de concurso público para servidores que atuem na segurança das universidades. Isso é inaceitável! Esse problema se insere em um contexto de falta de verbas para a Educação, agravado pela expansão sem qualidade feita pelo REUNI. Na UFRJ, vimos a ampliação totalmente precária do número de cursos noturnos, sem segurança e assistência estudantil. Nesse contexto, o número de atentados à vida do corpo social da Universidade vem crescendo assustadoramente.
É hora de unificarmos essas lutas em um grande movimento em defesa da segurança na UFRJ e de um projeto de universidade livre, democrática, pública e autônoma. Dizer um sonoro NÃO ao descaso com a segurança, à precarização da universidade, à repressão, e mostrarmos a força dos estudantes organizados livremente para transformar essa Universidade. Cobraremos uma posição imediata da Reitoria, principalmente agora que a EEFD já está em foco em toda a UFRJ, com os diversos setores se posicionando contrários às posturas autoritárias na unidade.
Frente à isso, convocamos tod@s os estudantes da EEFD para uma Assembleia Geral, nesta segunda, 4 de fevereiro, às 17h, no salão Helenita Sá Herp na EEFD, para discutirmos o que fazer diante deste quadro.

Pela abertura imediata de concurso público para vigilante federal!
Pelo reforço na vigilância em todo o campus, especialmente à noite!
Iluminação em todo o campus com mais transporte noturno e de qualidade já!
Pela imediata reforma e completa iluminação da área externa da EEFD!
Repúdio a presença da Polícia Militar nas Universidades!
Pela Exoneração de Leandro Nogueira do cargo de Diretor da EEFD!        
            Por assistência estudantil na UFRJ!
Por mais bolsas e pelo aumento do valor das bolsas!
Por mais bandejões, funcionando no turno da noite também!

17/01/2013

CONTRA O AUTORITARISMO DO DIRETOR LEANDRO! TODOS AO ATO NA EEFD - TERÇA -FEIRA 22/01/13 – CONCENTRAÇÃO AS 9:30H


A EEFD vive uma situação de anormalidade: desde o final do ano passado o Diretor abriu um processo de PERSEGUIÇÃO POLITICA ao movimento estudantil em nossa escola. Parte disso foi colocar a Policia Militar para retirar das dependências da escola um estudante regularmente matriculado (Rian Rodrigues), fechar arbitrariamente uma pós-graduação e destituir seu coordenador. Inadmissível que algo desse tipo aconteça no interior de uma das maiores Universidades do país. Resolver divergências políticas na condução da gestão da unidade com a força do aparato policial militar é um atentado à democracia da Universidade.

A situação com o curso de pós-graduação envolveu, também, um episódio de assedio moral ao seu coordenador. O diretor intimou o professor a afirmar que Rian Rodrigues não era estudante e, ao receber resposta negativa, o destituiu do cargo de coordenador e decretou sumariamente o fim da pós, algo que não é de sua competência. Por intervenção da Reitoria a pós mantém seu funcionamento a revelia do querer do Diretor, que impediu a entrada de professores e alunos no prédio e proibiu seu acesso às salas de aula.

O Diretor Leandro Nogueira continua o processo de perseguição política abertamente. Na volta do recesso convocou uma Congregação extraordinária com pauta única: “Aplicação de sanção disciplinar aos estudantes”. Não compactuamos com essa postura e, portanto, não legitimamos aquele espaço, que não ocorreu devido a falta de quorum. Mesmo assim o Diretor prosseguiu na tentativa de criminalizar o movimento e chamou os estudantes para uma reunião com a direção com o intuito de puni-los, da qual também não participamos.

Frente a isso, o CAEFD deu entrada com processo junto às instâncias superiores da Universidade para que possam tomar as medidas necessárias diante dessa situação inconcebível numa universidade pública. Importante destacar a postura de diálogo e disposição para discussão do tema por parte da Decania do CCS. Compreendendo a situação como um problema grave, a Decania chegou, inclusive, a disponibilizar as dependências do Centro para que o curso de pós se realize. Por outro lado, a Reitoria de nossa Universidade ainda não se posicionou diante de tais acontecimentos, e nem sequer chamou-nos para reunião que solicitamos. Acreditamos que a intervenção imediata da Reitoria nessa situação é indispensável, e, portanto, continuamos solicitando a reunião.

Porém, mesmo dando entrada com processo junto às instâncias superiores, o movimento estudantil não pode esperar calado! Não podemos aceitar como normal a postura autoritário de um Diretor que chama a PM para resolver qualquer tipo de impasse político instituição. Entendemos que, diante desse cenário, não há qualquer possibilidade da continuidade do Professor Leandro Nogueira a frente da Direção da EEFD, portanto, exigimos a exoneração do cargo de Diretor!

Precisamos dar uma resposta a todo esse autoritarismo. Nesse sentido, o CAEFD convoca todos os estudantes, professores e funcionários da UFRJ, assim como militantes de movimentos sociais e todos aqueles que defendem uma universidade pública e democrática, para o ato publico contra o autoritarismo do Diretor Leandro na próxima terça-feira (22/01/13), na própria EEFD. Mostraremos que os estudantes não aceitam esse autoritarismo! Reivindicamos:

  • a exoneração do diretor Leandro Nogueira do cargo de diretor da EEFD!
  • Repudiamos a entrada da Polícia Militar na unidade para retirar um estudante!
  • Nenhuma punição aos estudantes!
  • Reivindicamos a validade da pós-graduação em Pedagogia Crítica da Educação Física e a legitimidade de seu professor coordenador!
  • Reivindicamos o livre trânsito, na universidade pública, de alunos, ex-alunos, integrantes da comunidade universitária e cidadãos em geral!
  • Reafirmamos a legitimidade do Centro Acadêmico de Educação Física e Desportos (CAEFD-UFRJ), sua participação nas instâncias decisórias da unidade, e defendemos o livre exercício político pelo movimento estudantil da universidade sem quaisquer sanções disciplinares!