31/05/2012

Quando a situação é grave, a saída é greve!

Estudantes,
estamos vivendo um intenso período de mobilização por todo o Brasil, que não se via há décadas. O estopim de todo esse movimento foi o fracasso nas negociações da carreira docente, por parte do Governo, que apresenta suas propostas fajutas e que vão na contramão da proposta feita pelo ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior).
Além da questão salarial, que os professores pedem que se equipare aos dos pesquisadores do Ministério da Ciência e Tecnologia, a categoria negocia uma flexibilização na carreira, suas progressões e avaliação. A proposta do governo faz o docente chegar ao nível mais alto da progressão em quase 30 anos de serviço!

Além disso, o abono salarial negociado ano passado, que deveria ter sido pago em março, não foi feito, e não há previsão para que o mesmo aconteça. E as condições de trabalho? Hoje, especialmente depois do REUNI, professores dão aula para mais de 70 alunos, pondo em risco sua saúde, inclusive. E com a maior abertura à iniciativa privada, são obrigados por diretores e Reitores a buscarem financiamento externo para as pesquisas, sob risco de perder laboratórios e seus cursos de pós-graduação.



Diante desse cenário de completo descaso com o Ensino Superior, os docentes da UFRJ decidiram entrar em greve no dia 22 de maio, por discordarem veementemente dos rumos que o governo quer dar para a educação pública. Tal posição é a mesma em outras 49 universidades federais, que também estão em greve.


Assembleia dos Estudantes da UFRJ, dia 29 - Quase 2 mil alunos no Ginásio de Basquete

Na UFRJ, os estudantes se mobilizaram no dia 29 e construíram a maior assembleia dos últimos anos, com quase 2 mil estudantes e também iniciaram o processo de greve. O importante lembrar é que a greve dos estudantes é feita com pauta estudantil e só acabará quando a pauta for atendida pela Reitoria da UFRJ.


Para nós, do Centro Acadêmico de Educação Física e do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa!, esse é o momento certo para iniciarmos uma nova era no movimento estudantil na nossa universidade. Devemos parar de concentrar nossas reivindicações no Conselho Universitário e partir para a construção da luta, diariamente, nos cursos e unidades. O primeiro passo está sendo feito; as assembleias de cursos estão produzindo as pautas específicas para montarmos uma pauta geral da greve.


A partir daí, temos de pensar em novas ações para garantir nossas vitórias! Mas sabemos que todo esse processo está sendo fundamental para colocar o movimento estudantil em outro patamar dentro da UFRJ!


Essa luta é sua! Por uma universidade pública, gratuita e de qualidade!

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