Mais autoritarismo na EEFD: diretor
quer impedir representação estudantil autônoma nos colegiados
Mais uma vez o CAEFD
vem denunciar os abusos de poder, as posturas autoritárias e a manutenção da
perseguição política dentro da EEFD por parte do ainda Diretor da Escola,
Leandro Nogueira. Agora numa tentativa de conclusão deste processo. Para nós
estudantes, fica claro que o movimento do Diretor é no sentido de deslegitimar
a organização autônoma e independente dos estudantes, como parte da
perseguição, inclusive por já ter declarado em e-mail ao corpo social do CCS
sua intenção de interdição da representação estudantil na congregação da EEFD.
O Diretor Leandro
Nogueira, respaldado pelo também autoritário regimento da EEFD, que é de 1972
(Ditadura Militar), enviou um e-mail para os Departamentos da Escola
comunicando como se dará a representação estudantil nos fóruns colegiados da
EEFD a partir de agora. As eleições para os órgãos colegiados não serão mais
feitas autonomamente pelos estudantes, através de sua legítima entidade
representativa e sim pela própria Direção e os Departamentos da Escola,
fiscalizada por ele próprio. No texto diz que não poderão ser votados alunos
repetentes nem alunos com sanções disciplinares. Ora, não seria um pouco
suspeito isso, num cenário em que o Diretor vem sucessiva e arbitrariamente
punindo estudantes que se colocam contra a sua postura autoritária através de
sanções disciplinares?
Após anos de lutas e
avanços democráticos na UFRJ, após muitas mortes na dolorosa época da Ditadura
Militar, movimentos, ocupações e a conquista da autonomia do Movimento Estudantil
frente à tutela das Direções, o Diretor mais uma vez retrocede, se espelhando
no pior episódio da história do nosso país, impedindo a organização autônoma
dos estudantes e impondo uma prática autoritária estranha ao funcionamento de qualquer
órgão colegiado desta Universidade Federal, seja no CONSUNI - onde os
representantes estudantis são eleitos autonomamente através da entidade
representativa geral, o DCE, seja em qualquer outra congregação de unidade
desta Universidade, que respeitam a autonomia de organização dos estudantes e
têm seus representantes discentes eleitos em processos organizados pelos
próprios estudantes e suas entidades.
Nos parece estratégico nos
alijar destes espaços, onde historicamente conquistamos diversas vitórias para
o conjunto dos estudantes e para a própria Escola, academicamente falando, no
sentido da Unificação dos cursos de Educação Física, acabando com essa divisão
em Licenciatura e Bacharelado, que no nosso caso não se justifica
epistemologicamente nem legalmente; no sentido estrutural como nas lutas pela
reforma do teto, pela volta da piscina e do LIG ou seja no sentido de garantir
o caráter público da Universidade, gratuita e de qualidade, inclusive barrando
cursos pagos, e bem pagos, como um de Marketing Esportivo do Vice Diretor
Francisco, que pretendia formar profissionais para trabalhar nos megaeventos
esportivos que serão realizados no Brasil. Importantíssima vitória dos
estudantes!
O CAEFD não se calará
frente a mais esse ataque, e esperamos contar com todos aqueles que não querem
ver a UFRJ andar para trás, retroceder no que tange o projeto democrático da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Que os estudantes da EEFD possam
autonomamente, assim como todo o conjunto de estudantes da UFRJ, organizar suas
próprias eleições para os fóruns colegiados de unidade através de sua legítima
entidade representativa.
FORA LEANDRO NOGUEIRA!